DENÚNCIA!!
Senta que lá vem um textão, que interessa a todos os produtores, músicos e artistas que tenham ou não relação com a Cooperativa de Música de São Paulo!!
Na sexta-feira, dia 15, a Skafandros Orkestra se reuniu com o Secretário de Cultura do Estado de São Paulo e sua equipe jurídica. A audiência teve como pauta a denúncia das ações corruptas da Cooperativa de Música.
Mas vamos começar a história pelo princípio para vocês entenderem tudinho.
Em Novembro de 2016 a Skafandros foi contemplada no edital n° 21/2016 do ProAC da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, para a gravação de CD e circulação de shows, recebendo um prêmio de R$ 80.000,00. Conforme pede o edital, a Secretaria da Cultura depositou a 1ª parcela do prêmio numa conta bancária exclusivamente aberta para o nosso projeto, no nome da nossa proponente jurídica: a Cooperativa de Música!! Desde o início do projeto, nunca conseguimos ter acesso aos extratos bancários da nossa conta e depois de atrasos nos pagamentos, solicitamos uma reunião com o Presidente da Cooperativa de Música: Luis Felipe Gama. Este senhor, pianista e compositor, nos informou nessa reunião que ocorreu um “cataclisma” (sic) e que ele foi obrigado a utilizar a verba do nosso projeto do ProAC para outros fins. Nesse momento vimos que não era apenas a Skafandros Orkestra que estava nessa situação, mas também os outros 4 projetos contemplados em 2016, nossos companheiros de luta: Coro de Grilo, Enrique Menezes, Gustavo Sarzi, Banda Radar Metropolitano, Itamar Collaço, Itamar Collaco II, Herbert Lucas, Dulce Maltez, Montanha, Noneto de Casa, Joao Casimiro, etc, etc, etc… Nessa mesma reunião descobrimos também que existiam outros projetos mais antigos, de 2013, 2014, 2015, cujos artistas também haviam sido roubados pela Cooperativa, aguardando até hoje o repasse de verbas do ProAC…
Gente, a situação é grave, trata-se de desvio de verba pública!! Você que é sócio e ainda não tem problemas com o repasse das suas notas emitidas pela Cooperativa de Música de São Paulo, você está ajudando a sustentar uma entidade que rouba os músicos, 100% dos artistas com projetos aprovados pelo ProAC por esta cooperativa estão sem receber o dinheiro que lhes é devido!! A pedalada é tão grande que, segundo a nova diretoria (Luis Felipe Gama, Leonardo Costa Dela Coleta, Zaidan Zaidan Paulo, Paulo Zaidan II), a cooperativa tem hoje um rombo de mais de R$ 600.000,00, você leu bem, mais de seiscentos mil reais!!
A Skafandros já tem mais de cinco anos de estrada. Somos um coletivo artístico, um grupo de pessoas que ao longo dos anos foi-se juntando com o intuito de criar e produzir juntas. Somos um grupo independente, com poucos recursos, que insistiu e insiste em continuar existindo, aprendendo a cada dia como se relacionar com o mercado de trabalho musical, para que possa sobreviver enquanto coletivo, nesse mercado da música independente.
Ganhamos um prêmio do Estado de São Paulo no valor de R$ 80.000,00 para produzir nosso segundo CD, inteiramente de músicas autorais e inéditas, e ainda realizar uma temporada de shows de lançamento do CD em cinco cidades do estado: São Paulo, Campinas, São José dos Campos, Botucatu e Santos. Além disso, como contrapartida ofereceríamos oficinas de música para crianças nessas cidades. Ganhamos esse prêmio e perdemos. Fomos roubados! Agora, resta-nos provar a nossa inocência e denunciar a Cooperativa de Música no Ministério Público, para que mais artistas não caiam em mãos corruptas.
Como podem ver pela foto, denunciamos tudo isso na Secretaria de Cultura do Estado e o Secretário José Luiz Penna, também músico, se solidarizou e lamentou muito que isso esteja ocorrendo, se comprometendo a pensar em soluções para nos ajudar, junto à sua equipe de assessores e advogados.
P.S1: Compartilhem esse post, avisem os amigos! A classe de artistas da música merece uma representatividade que não a Cooperativa de Música de São Paulo, pelo menos, não com esta direção!
P.S2: Embora a Skafandros Orkestra tenha sido roubada, o nosso CD vai rolar! Aguardem que em 2018 ele sairá do forno, pago com o dinheiro dos próprios músicos, que doaram cachês, pagaram mensalidades, para não faltar aos compromissos já firmados com parceiros. Isso se chama honestidade, viu, Presidente?
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